quarta-feira, 10 de julho de 2013

Decálogo da crise na saúde.

1. A proposta apresentada é apressada e feita simplesmente para dar uma resposta – qualquer resposta – às ruas;

2. O governo teve de abandonar a opção cubana. Só agora descobriu que dos 4 mil dólares mensais recebidos por cada profissional, o médico ficava com apenas 40. O restante ia para o governo cubano. É trabalho escravo sob a capa de “solidariedade latinoamericana”. Fracassou a tentativa de injetar mais recursos brasileiros para o combalida ditadura dos irmãos Castro;

3. O problema não é a falta de médicos, mas as péssimas condições de trabalho (sem prédios adequados, equipamentos, locais para exames, falta de enfermeiros, etc) e baixos salários;

4. Criar um curso de Medicina não se faz da noite para o dia. E temos cursos em número suficiente. O problema é que o Ministro da Educação está tão por fora dos assuntos da sua pasta – hoje é o grande conselheiro de Dilma -, que sequer pediu estudos sobre os pré-requisitos necessários para criar um curso de Medicina;

5. Obrigar a prestação de serviço no SUS não passa de uma proposta irresponsável, populista no pior sentido da palavra. E não distingue, neste “serviço civil obrigatório”, o estudante de uma faculdade pública daquele que pagou seus estudos em uma faculdade privada;

6. O número de médicos por mil habitantes não é baixo. E se o problema imediato é aumentar o número de formandos, seria o caso então de aumentar o número de vagas, de forma responsável, nos cursos já existentes;

7. Ouvir as entidades médicas, antes de apresentar o “plano”, seria o mínimo. Porém o governo quer criar, como de hábito, factoides. A questão da saúde é secundária; o que interessa é a eleição de 2014 e a reeleição de Dilma (ou o retorno de Lula);

8. O governo quer empurrar a “batata quente” da crise na saúde para os médicos, tachados de desumanos, elitistas;

9. O “plano” não tem, nem de longe, o objetivo de enfrentar o caos na saúde. Foi apresentado para tentar catapultar a candidatura de Alexandre Padilha para o governo de São Paulo;

10. O que esperar de um governo que tem Aloizio Mercadante como principal articulador político?

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