1. A proposta apresentada é apressada e feita simplesmente para dar uma resposta – qualquer resposta – às ruas;
2. O governo teve de abandonar a opção cubana. Só agora descobriu que
dos 4 mil dólares mensais recebidos por cada profissional, o médico
ficava com apenas 40. O restante ia para o governo cubano. É trabalho
escravo sob a capa de “solidariedade latinoamericana”. Fracassou a
tentativa de injetar mais recursos brasileiros para o combalida ditadura
dos irmãos Castro;
3. O problema não é a falta de médicos, mas as péssimas condições de
trabalho (sem prédios adequados, equipamentos, locais para exames, falta
de enfermeiros, etc) e baixos salários;
4. Criar um curso de Medicina não se faz da noite para o dia. E temos
cursos em número suficiente. O problema é que o Ministro da Educação
está tão por fora dos assuntos da sua pasta – hoje é o grande
conselheiro de Dilma -, que sequer pediu estudos sobre os pré-requisitos
necessários para criar um curso de Medicina;
5. Obrigar a prestação de serviço no SUS não passa de uma proposta
irresponsável, populista no pior sentido da palavra. E não distingue,
neste “serviço civil obrigatório”, o estudante de uma faculdade pública
daquele que pagou seus estudos em uma faculdade privada;
6. O número de médicos por mil habitantes não é baixo. E se o
problema imediato é aumentar o número de formandos, seria o caso então
de aumentar o número de vagas, de forma responsável, nos cursos já
existentes;
7. Ouvir as entidades médicas, antes de apresentar o “plano”, seria o
mínimo. Porém o governo quer criar, como de hábito, factoides. A
questão da saúde é secundária; o que interessa é a eleição de 2014 e a
reeleição de Dilma (ou o retorno de Lula);
8. O governo quer empurrar a “batata quente” da crise na saúde para os médicos, tachados de desumanos, elitistas;
9. O “plano” não tem, nem de longe, o objetivo de enfrentar o caos na
saúde. Foi apresentado para tentar catapultar a candidatura de
Alexandre Padilha para o governo de São Paulo;
10. O que esperar de um governo que tem Aloizio Mercadante como principal articulador político?
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